Tristeza de ondas de pedra.
Lâminas apunhalam lâminas
Vidros quebram vidros
Lâmpadas apagam lâmpadas.
Tantos laços quebrados.
A flecha e a ferida
O olho e a luz
A ascensão e a cabeça.
Invisível no silêncio.
_________________________________
Vi o meu melhor amigo
Abrir nas ruas da cidade
Em todas as ruas uma noite
O extenso túnel do seu desgosto
E oferecer a
Todas as mulheres
Uma rosa privilegiada
Uma rosa de orvalho
Igual à embriaguez de ter sede
Humildemente lhes pedia
Que aceitassem
Esse pequeno miosótis
Rosa resplandecente e ridícula
Na sua mão inteligente
Na sua mão em flor
O medo a opressão a miséria
__________________________________
14.
Párias a morte a terra e a fealdade
Dos nossos inimigos tem a cor
Monótona da nossa noite
Havemos de vencer.
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Lâminas apunhalam lâminas
Vidros quebram vidros
Lâmpadas apagam lâmpadas.
Tantos laços quebrados.
A flecha e a ferida
O olho e a luz
A ascensão e a cabeça.
Invisível no silêncio.
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Vi o meu melhor amigo
Abrir nas ruas da cidade
Em todas as ruas uma noite
O extenso túnel do seu desgosto
E oferecer a
Todas as mulheres
Uma rosa privilegiada
Uma rosa de orvalho
Igual à embriaguez de ter sede
Humildemente lhes pedia
Que aceitassem
Esse pequeno miosótis
Rosa resplandecente e ridícula
Na sua mão inteligente
Na sua mão em flor
O medo a opressão a miséria
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14.
Párias a morte a terra e a fealdade
Dos nossos inimigos tem a cor
Monótona da nossa noite
Havemos de vencer.
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Pour donner à la femme
Méditative et seule
La forme dês caresses
Qu´elle a rêvées
_________________________________
Estou perfeitamente seguro agora que o Verão
Canta debaixo das portas frias
Sob armaduras opostas
Ardem no meu coração as estações
As estações dos homens os seus astros
Trêmulos de tão semelhantes serem
E o meu grito nu sobe um degrau
Da escadaria imensa da alegria
E esse fogo nu que me pesa
Torna a minha força suave e dura
Para a mais alta busca
Um grito de que o meu seja o eco.
(Paul Éluard, tradução de Antonio Ramos Rosa e Luísa Neto Jorge)
Méditative et seule
La forme dês caresses
Qu´elle a rêvées
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Estou perfeitamente seguro agora que o Verão
Canta debaixo das portas frias
Sob armaduras opostas
Ardem no meu coração as estações
As estações dos homens os seus astros
Trêmulos de tão semelhantes serem
E o meu grito nu sobe um degrau
Da escadaria imensa da alegria
E esse fogo nu que me pesa
Torna a minha força suave e dura
Para a mais alta busca
Um grito de que o meu seja o eco.
(Paul Éluard, tradução de Antonio Ramos Rosa e Luísa Neto Jorge)
3 comentários:
Penso como Bataille, Anderson. Como Norman Mailer: "Os escritores são os santos do século XX, os únicos na face da Terra que não podem trabalhar por dinheiro".
Bom te ver, te ler.
Beijos,
Ana Guimarães
Caro Anderson,
Sempre passo por aqui. Cara, encontrei um livro de Rilke, uns contos reunidos; "A voz". Desconhecia a espiritualidade dele; praticava psicografia em centros. "Todas, numa só", um dos contos, irei colocar um trecho no meu blog pra destacar isso.
Enfim, queria mais é dar um salve pra você cara, e pelas poesias que descubro aqui, em seu blog.
Forte abraço,
Diogo Costa.
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