XXIII
A Marcos Emílio, in memoriam.
Porque conheço dos humanos
Cara, Crueza,
Te batizo Ventura
Rosto de ninguém
Morte-Ventura
Quando é que vem?
Porque viver na Terra
É sangrar sem conhecer
Te batizo Prisma. Púrpura
Rosto de ninguém
Ungüento
Duna
Quando é que vem?
Porque o corpo
É tão mais vivo quanto morto
Te batizo Riso
Rosto de ninguém
Sonido
Altura
Quando é que vem?
(Hilda Hilst, da morte. odes mínimas)
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