domingo, 28 de agosto de 2011
Tristan Corbière (Le Crapaud Mélancolique)
PAISAGEM MÁ
Praias de velhos ossos – a onda
Dobra: som a som ela estertora ...
- Paul pálido, onde a lua ronda
Buscando vermes, noite afora
- Calma de peste, onde a febre,
Como um duende danado, arde ...
- Erva fétida, onde a lebre
Foge, feito um bruxo covarde ...
- A Lavadeira branca lida
Na roupa dos mortos encardida,
Ao sol dos lobos ... – E singelo,
O sapo, cantor melancólico,
Envenena com sua cólica,
A própria casa, o cogumelo.
(Tristan Corbière, Amores amarelos, tradução de Marcos Antônio Siscar)
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Um comentário:
Realmente, a natureza não favoreceu o Crapaud Mélancolique!
Mas, se foi ele que assim se apelidou, mostrou um raríssimo traço de humor e inteligência!
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