Pra mim, o virtual é o esgoto onde ratos intelectuais trafegam. Portanto, o que escrevem (e como escrevem) é um sintoma grave de fim da humanidade doente, pois não entenderam o passado e querem abortar um presente que não chegará ao futuro. O mundo continuará. O humano sobrevivente será transformado em SER que será a salvação pra tudo que produzimos de verdadeiro. Na virtualidade, qualquer imbecil (e como existem e resistem) poderá dizer que o queijo foi feito de pneu estourado, mas nunca falará do chiclete que sairá da sua boca para grudar em nosso sentido humano.
(C. Ronald, em Agulhadas - livro Bichos Procuram buracos em paredes brancas, 2011)
Um comentário:
Concordo que a grande rede por vezes mais parece a grande cloaca - tudo pode ir parar aí num piscar de olhos: rápido, pouco refletido ou burilado, pouco consequente quase como se um pesamento fosse. E no entanto até mesmo um pensamento que depois se queira deixar de lado pode ter consequências.
No entanto, não aposto em profecias. Penso no blog como mais um meio que pode estimular a exercício e o compartilhamento da escrita. Algns superdimensionam a ferramenta, seus alcances e importância; outros não a querem utilizar. Pouco a pouco vai-se encontrando o próprio jeito de conviver com cada uma das novas invenções humanas. Apropriando-nos ou não de suas possibilidades.
É claro que não creio que o virtual possa substituir as relações cotidianas - olho no olho, tato, contexto, interações presenciais ricas, expressões tantas do Ser. E ainda gosto mais de ler coisas impressas. Marcas de uma geração...
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