Oratório
2ª. versão
Dieu des impuissants, Dieu des innocents
Dieu qui n´a plus d´occupation
Excepté celle de mourir.
Joyce Mansour
Ó Deus
lasso e do avesso
Tende piedade de mim
Com tuas imensas
mãos
Nas chagas
do meu corpo
Teu punhal
de carne
Atravessando
a origem
e o desvio
do Uno
Ó Deus
Grandioso e cruel
Tende piedade de nós
Com os teus olhares
abismosos
de carvão
Teus ouvidos -
radares da raça
Que apodrece
a campo.
Ó meu Deus
tão justo
Alça de tripa e metal
Coberto
de teus balbucios
TODA DOR
e cruz
Que nos tortura
a Todos.
Deus,
alçapão
e negror
de nossa Morte,
Dai-nos a Paz.
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