sexta-feira, 16 de junho de 2006

CINEMA: Dreyer, o Diretor da Alma

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Carl Dreyer (1889-1968) Diretor dinamarquês. Este jornalista e roteirista fez um cinema introspectivo e filosófico. Os filmes que dirigiu são quase um estudo da alma humana. Uma precisão natural o levou a um estilo próprio, focado no indivíduo.

Dreyer influenciou grandes cineastas de nossos tempos, dentre deles seu conterrâneo Lars Von Trier, o Sueco Ingmar Bergman e o Russo Andrei Tarkovski.



A paixão de Joana d'Arc (Le passion de Jeanne d'Arc, 1928) - Baseado em crônicas autênticas do processo, o filme retrata um único dia, desde a prisão até o julgamento de Joana D'arc. Possui muitos closes e ação austera, com raros desvios das unidades clássicas de tempo e espaço. O rosto de Joana é focalizado sempre erguido para seus acusadores, e estes a encaram de cima para baixo. A película é de andamento lento, cheia de silêncios e imobilidade. As legendas quebram o ritmo, mas são necessárias, pois a ação às vezes é muito sutil para se sustentar somente no visual. É um filme introspectivo (passivo, contemplativo), que se concentra nas fisionomias e na vida interior das personagens, em seus aspectos psicológicos.

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