sexta-feira, 4 de setembro de 2009

anfiteatro




















(ao pai.
e tu, sendo pai
é o pai de todas as coisas)



EU SONHEI
em ti,
meu pai.

na penumbra
senti o hálito
espirilado
do fumo

não colhi a lenha
para acender
o fogo
de nosso gelo hirto

e para a casa velha
não apanhei
nenhum junco
carcomido por ratos

não catei
nenhum fruto
não icei balde
para o poço
e água morta

EU ME PERDI
meu pai
em cega furna
e expiação.


(Ilha de SC, 11h30)

Nenhum comentário:

Total de visualizações de página