sexta-feira, 9 de novembro de 2007

eu, monolito





sou-tenso

fincado, dura raíz.
e, como uma
fera,
reteso e estaco.

em pegada
estranha
sulco e terra

ágil e pesado
passo
e silêncio

não é pesar
não
me saber

pois
rito, grito
em nada explico

não
me saberás
nunca a contento

e muito menos
mão à petala

mas,
garra

mãos de pedra.
Anderson Dantas, Nov/07, Ilha.

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