sexta-feira, 9 de novembro de 2007

eu, monolito





sou-tenso

fincado, dura raíz.
e, como uma
fera,
reteso e estaco.

em pegada
estranha
sulco e terra

ágil e pesado
passo
e silêncio

não é pesar
não
me saber

pois
rito, grito
em nada explico

não
me saberás
nunca a contento

e muito menos
mão à petala

mas,
garra

mãos de pedra.
Anderson Dantas, Nov/07, Ilha.

2 comentários:

Marcello disse...

Caro Anderson, tomei a liberdade de te publicar no meu blog http://valisedecronnopio.blogspot.com/

gostei muito deste poema, ainda não conheci os outros, mas de cara gostei do primeiro que li. Valeu!

(andei copiando uns poemas de outros autores também... Tudo bem?)
abraço
m.

Anderson Dantas disse...

Marcelo, ficarei de olho no seu blog, mas não acho muito interessante duplicar um texto assim na íntegra ... quando escolhemos ou escrevemos um texto, é como se fosse sempre a primeira vez, mesmo que tenha séculos. abraços.

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